Entre 23 de março a 11 de abril, a Páscoa movimentou o comércio com a venda online de mais de 600 mil produtos, o que gerou faturamento de R$64,4 milhões, um aumento de 84% em valor na comparação com a data sazonal de 2020.

A Páscoa inaugura o calendário das datas comerciais do ano e tende a dobrar o faturamento dos microempresários doa indústria de chocolates, além de ser uma renda extra para muitas pessoas.

Foi em uma semana de “desespero financeiro” que a chocolateira Eliane, de Brasília, começou a produzir ovos de Páscoa em 2019. Em uma semana e no fogão de casa, ela trabalhou sob 217 quilogramas de chocolate. Doze anos depois, com a ajuda do chef suíço Carlo Mockli, ela decidiu que era hora de abrir seu próprio negócio, voltado exclusivamente à produção de chocolates belgas.

Eliane afirma que a assistência do Sebrae e o curso online foi essencial, principalmente no suporte da parte administrativa e financeira da empresa. “Somos pequenos ainda, mas estamos conseguindo nos manter no mercado mesmo competindo como outras duas lojas na região.”
Há 3 anos no mercado e apenas uma loja situada na capital federal, sua empresa produz 1,8 toneladas de chocolate e tem um rendimento 150% maior nesta época do ano.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) os preços dos ovos de chocolate industrializados subiram 11% nesse ano. Com isso, a procura por ovos caseiros cresceu, favorecendo as confeiteiras da região que já previam alta nas vendas dessa Páscoa. Dados do instituto Kantar mostram que nove milhões de residências deixaram de comprar ovos de chocolate industrializados em 2020, no entanto, seiscentas mil passaram a comprar ovos artesanais. Ainda segundo o Kantar, as vendas de chocolates aumentaram em 20% no primeiro bimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.